1 de abril de 2020
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#VoltandoAosCachos: Maria Eduarda Botelho

Oi, genteee! No #VoltandoAosCachos de hoje, trouxe a história da Maria Eduarda Botelho, de 17 anos e que mora em Santa Catarina. Ela tem um perfil no Instagram, um canal no YouTube e também um Blog, se vocês quiserem acompanhar. Ela me contou um pouco sobre a sua transição capilar e eu espero essa história te inspire! Se você quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e ver como fazer.

A transição capilar foi uma das mais lindas jornadas que compõem a minha vida. Foi um ano e oito (longos) meses. E sabe, nem todos os dias eu acordava feliz nesse processo, principalmente no começo, não é fácil acordar e dar de cara no espelho com duas texturas. Com duas versões de você, assim, de uma vez só. Te perguntam sobre o seu cabelo e você não sabe responder se é liso ou cacheado. Ele começa a crescer e fica difícil de texturizar.

Dois meses se passam após você decidir parar com a química, e há apenas “alguns dedos” de raiz crescida. Florescer dói, e ver nossa raiz interior é um pouco difícil no começo, mas depois te deixa tão forte! A pouca raiz natural, juntamente com um cabelo liso, talvez te deixe confusa no início porque você não sabe se está no cabelo “certo”, se está fazendo o certo e se irá valer a pena. Você cresce com bonecas de cabelo liso, não que haja problema no cabelo liso, muito menos em alisar o cabelo. Somos livres para deixarmos ele como quiser! Porém, nada mais triste do que você manter uma aparência que não te representa, e não te deixa feliz por completo.

O sorriso estampado no rosto esconde a menina cheia de inseguranças por trás dele. Escondia os sentimentos. Os comentários do cabelo comprido e liso abafavam um pouco a insegurança que era escondida com processos de química.
A decisão de começar a transição foi no meio de 2018. De lá pra cá eu cortei o cabelo três vezes, não tive coragem de fazer o big chop até então. E quando finalmente tive, as raízes da segurança de ser eu já estavam no tamanho de me permitir ser livre. E me permiti.

Cortei no dia 12/01/20 e essa primeira foto foi tirada logo após cortar, sorri com tanta felicidade! Parece algo simples. Mudar o cabelo e cortar. Mas vai tão além disso!
Meu primeiro agradecimento é a Deus, que restaurou toda minha autoestima nessa jornada. Hoje eu sorrio, não pra esconder o que sinto, mas pra representar a felicidade que transborda no peito. (provérbios 15:13) e meu segundo, é direcionado a Ana Lídia, blogueira que acompanho desde 2013 e que vi de perto fazer a transição. Não tive a coragem de fazer o big chop tão cedo quanto você, Ana, mas tive coragem de dizer sim a quem eu sou. Minha jornada começou depois de você, mas foi tão curadora quanto.

Agradeço sobretudo aos leitores e leitoras do meu blog que estiveram ao meu lado em todo esse tempo, a minha mãe linda, que com amor e zelo cortou meu cabelo todas as vezes e sempre me deu os produtos para cabelo em transição.
Se você começou esse processo, se está difícil, mas você realmente quer assumir seu cabelo natural, não pare! Deus te fez de uma maneira linda e eu tenho certeza que você gostará de olhar no espelho e ver quem você nasceu pra ser.

Me senti mais liberta! Mais linda! Mais feliz! Sinto que, por mais que seja algo “simples” usar o cabelo natural, foi uma forma de iniciar o processo de deixar Deus cuidar de cada detalhe da minha vida. Seja ele externo (como cabelo) ou não.

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