Oi genteee! Trouxe hoje pra compartilhar com vocês o depoimento da Maria Carolina Ferreira da Conceição, que tem 19 anos e mora no Rio de Janeiro, capital. Acho que muitas de vocês vão se identificar com a história dela, por isso, espero que gostem! 🙂 E se você quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e ver como fazer. Quero muito conhecer a sua história!
—
Com 15 anos fiz a minha primeira progressiva, pois o meu cabelo, que é ondulado, tinha um volume muito feio, muito frizz, o famoso “liso estranho” me incomodava demais. A partir daí foi só alegria, meu cabelo tinha finalmente uma forma, tinha brilho, zero volume, só umas ondas nas pontas que achava um charme e o melhor de tudo, poderia lavar e sair com o cabelo molhado porque quando ele secasse, ficaria lindo. O tempo foi passando e a progressiva saindo, minha raiz começou a ficar alta e a autoestima começou a cair de novo, mas ele continuava melhor do que o natural.
Em 2016 retoquei a raiz, pior decisão que fiz, a moça do salão usou um produto diferente que fez meu cabelo enfraquecer e não durou tanto tempo quanto a outra. Encontrei saída na prancha, que se tornou minha melhor amiga durante uns bons anos, todo dia antes da escola precisava passar pelo menos na raiz pra esconder que meu cabelo não era liso natural, tinha vergonha de assumir que era alisado. Olhava minhas amigas, a maioria de cabelo liso e as que não tinham, eram bem resolvidas com ele, sabiam deixar ele bonito e eu só sabia se fosse com a prancha e a progressiva em dia.
Em 2017, a grana começou a ficar curta e não podia ir ao salão retocar a bendita. Até que um dia meu tio me deu uma progressiva que poderia ser feita em casa, saí pesquisando como fazer o procedimento sozinha até que tomei coragem e passei. Na primeira aplicação, o produto não fez o efeito que queria, então esperei o dia seguinte e passei de novo, ficou mais ou menos, porém ainda estava melhor que o natural. Essa foi a última vez que usei progressiva. O ano foi passando e como a química não era boa, tive que usar muita prancha, meu cabelo já estava cheio de pontas duplas, caía muito, porém seguia firme em alisar todos os dias antes da escola, qualquer coisa era melhor que meu cabelo natural!!!
Minha autoestima estava muito baixa, tudo que eu queria era não ter que me preocupar em quanto tempo levaria para arrumar o cabelo antes de sair, toda vez que parava na frente do espelho para fazer a prancha era uma tortura me encarar aprontando um cabelo que não era mais meu. Então resolvi, por pura preguiça, ir com o cabelo sem prancha algumas vezes pra escola, uma escolha muito ruim, porque começavam as zoações, o apelido de “Maria Betânia” que só me faziam sentir pior ainda e daí quando não usava ele pranchado, ficava preso para não ter problemas.
Em dezembro de 2017, decidi que iria cortar meu cabelo para ver se ele tomaria alguma forma, ele já estava quase batendo na cintura e eu não fazia ideia que estava com mais ou menos 10 meses de transição, porque nem sabia da existência disso, achava que só por ter parado com a progressiva e ele ter crescido não tinha mais química e aquele cabelo meio liso e meio ondulado era ele natural. Procurei como cuidar e tudo mais e no dia 2 de janeiro de 2018, fiz meu big chop, sem ter a menor ideia do que era ele, por isso sai do salão com o cabelo de prancha, porque ainda não estava segura para ver o resultado natural e muito menos andar na rua com ele. Até que fui pesquisando mais e aprendendo a cuidar e hoje em dia com 1 ano de cabelo natural estou muito feliz por finalmente usar um cabelo que é *meu*, que não precisa ser moldado e não preciso passar horas pra deixar de um jeito bonito.
Oi, genteee! Quando estamos em transição ouvimos muitas coisas das pessoas, mas já parou para pensar que podem não ser verdade? Por isso, resolvi trazer […]