Oi, genteee! No #VoltandoAosCachos de hoje, trouxe a história da Jheminy Locatelis de 21 anos e que mora em Duque de Caxias/RJ. Ela tem um perfil no Instagram onde fala sobre cabelo e transição capilar, se vocês quiserem acompanhar. Ela me contou um pouco sobre sua história com seu cabelo e o processo de transição capilar, espero muito que ajude e inspire vocês! Se quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e seguir o passo a passo.
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Meu cabelo era grande e volumoso quando tinha 13 anos (3A/3B), eu não gostava e não sabia cuidar, como a maioria das meninas, e quem me dava suporte era minha mãe, que cuidava e fazia penteados para que eu me sentisse um pouco melhor e mais bonita. Contudo, na minha cabeça meu cabelo, que era enorme, não crescia e era cheio demais, fazendo com que naquela época, uma menina cheia de inseguranças se diminuísse todos os dias.
Eu fui crescendo, fiz novas amizades e conheci um salão que prometia abaixar as raízes do cabelo sem química! Mas não foi bem assim, na verdade foi feito um relaxamento e ele realmente ficou com a raiz baixa, mas também ficou fraco, quebradiço e desbotado. Só hoje, depois de ter passado pela transição capilar, eu sei que naquele procedimento havia química sim, muita química. E isso deixou meu cabelo horrível e só piorou minha situação. Eu não sabia mais o que fazer, então conversei com a minha mãe e resolvi que queria a todo custo alisar o cabelo e ela não conseguiu controlar uma adolescente. Comecei a fazer progressiva (daquelas bem fortes) aos 14 anos e tive meu cabelo liso até os 17 anos, que foi quando eu parei de ir ao salão fazer progressiva.
No final de 2016, o ano em que eu concluiria o ensino médio, decidi que iria largar a progressiva e entrar no processo de transição. Entrei na faculdade com o cabelo ainda liso, começando a aparecer as duas texturas e foi extremamente difícil ver meninas lindas e estilosas na faculdade enquanto eu estava com o cabelo volumoso na raiz, escondendo no início com a prancha e depois comecei a usar tranças. Apesar de ter sido difícil, hoje eu percebo que tive muita coragem para iniciar logo no ano em que entrei para a faculdade, momento em que as pessoas querem estar mais bonitas para viver uma nova fase da vida, mas bem no fundo, entre choros e autoestima baixa, eu sabia que iria valer a pena. Em agosto de 2017 fiz minha primeira texturização, fiz coques no cabelo a noite para que no dia seguinte ele acordasse mais enroladinho, parecido com o cabelo da minha raiz e ficou bonito, não do jeito que eu esperava, mas sabemos que qualquer enroladinho que aparece é motivo de orgulho e nos dá forças para continuar!
No início de 2018 as tranças já não conseguiam controlar o volume dos cachos que estavam quase na altura dos ombros, mas eu continuei experimentando diversos penteados e decidi que não ia mais passar a chapinha, isso depois de várias pesquisas e descobrir que poderia fazer mal. Em dezembro do mesmo ano decidi fazer meu primeiro corte (não foi o BC), cortei na altura dos ombros e algumas partes lisas ainda ficaram ali. Continuei na transição, dessa vez com o cabelo mais cacheado do que liso e fui cortando aos poucos em casa. Depois desse primeiro corte, a libertação veio, comecei a usar o cabelo completamente cacheado, usando gelatinas, fazendo muitos tratamentos caseiros e conhecendo cada dia mais o meu verdadeiro cabelo.
Eu tive muito apoio em casa, mas as pessoas de fora não entendiam o motivo que me fez largar um cabelo liso, grande e assumir os cachos, mas aí é que está: Eu não aguentava mais ir ao salão e ter que fazer meu cabelo do lado de fora, com uma toalha no nariz pra não morrer asfixiada com o formol, queimar minhas orelhas com a prancha, ouvir meu namorado falar que não conseguia ficar muito perto no dia que eu fazia a progressiva porque os olhos dele ardiam, e os meus também, ter um cabelo sem vida, cheio de pontas ressecadas por não entender que o meu cabelo natural é lindo!
Deixo aqui meu depoimento para que sirva de inspiração para mais meninas que estão passando pela transição capilar e para aquelas que ainda querem passar. É só um processo e ele passa. Fiquem bem e fiquem felizes, não aceitem ser aquilo que não são para agradar outras pessoas ou pertencer a um padrão de beleza, isso acabou! Agora você é o seu próprio padrão, fiquem com Deus!
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