16 de outubro de 2020
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#VoltandoAosCachos: Thaís Lemos

Oi, genteee! No #VoltandoAosCachos de hoje, trouxe a história da Thaís Cristina Lemos de 24 anos e que mora em São Paulo/SP. Ela me contou os detalhes do processo de transição capilar e como foi passar por ele, espero muito que inspire vocês! Se quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e seguir o passo a passo. 

Em março de 2009 eu fiz a minha primeira progressiva, mesmo com a minha mãe e o cabeleireiro falando “seus cachos são lindos, porque você vai fazer isso?” Tinha 13 anos e dizia que queria ter cabelo liso de qualquer jeito e assim foi. Mas no final do ano seguinte já queria meus cachinhos de volta, eu até tentei, mas estava no primeiro ano do ensino médio e comecei a me sentir feia com duas texturas, por isso voltei a fazer progressiva e segui assim por 5 anos.

Em janeiro de 2014 fiz minha última progressiva, e foi a melhor. Meu cabelo ficou impecável, brilhoso e estava muito bem cuidado. Mas em fevereiro a raiz já começou a fazer ondas e eu estava cansada ter que retocar a progressiva de três em três meses, viver fazendo escova e chapinha… Era uma loucura e eu estava refém do meu próprio cabelo.

Em março decidi que nunca mais alisaria o cabelo, fui à uma loja de produtos para cabelos afro e comprei shampoo, condicionador e creme de pentear, lavei o cabelo e taquei creme dividindo o cabelo como a atendente havia me orientado (não tinha ideia que isso se chamada fitagem). Meu cabelo ficou cheio de ondas e eu amei!  No mesmo dia procurei vídeos no YouTube de pessoas que também tentavam voltar aos cachos, sempre assistia para me motivar. Conheci a Ana assim, ela estava passando por exatamente a mesma coisa que eu: a transição capilar. Eu amava as dicas e fazia praticamente tudo, porque realmente ajudava a manter a autoestima.

Em maio já não conseguia mais controlar meu cabelo, a raiz estava enorme e a parte lisa também pedia socorro. Cortei o cabelo na altura do ombro, mas vivia de coque, solto depois de seco ficava ruim. Em agosto cortei a parte detrás todinha, mas a frente ainda era uma tortura, passava creme, molhava o cabelo várias vezes ao dia e fui levando assim até dezembro. 

Eu estava cansada de ter que lidar com as partes lisas, peguei a tesoura, molhei o cabelo e conforme fui vendo pontas lisas, eu fui cortando. Fiz meu BC e me senti livre, mas em seguida me olhei no espelho e pensei “puts, e agora? Não dá pra prender. Vai ficar horrível”. Fiquei desesperada, chorei e me arrependi de ter cortado. Mas em casa todos disseram “nossa, até que enfim cortou essas pontas lisas”. Isso me motivou demais. Me libertei e agora era só deixar a juba crescer. A cada dia que passava eu me amava mais.

Hoje eu sou muito feliz com meus cachinhos teimosos! Amo servir de inspiração para minhas amigas, que depois de mim também tomaram coragem de enfrentar a tão temida transição capilar. Tenho orgulho de ser um espelho para elas, assim como a Ana foi pra mim, me ajudou nos momentos mais difíceis com seus vídeos falando tudo que eu também estava sentindo.

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