Oi, genteee! No #VoltandoAosCachos de hoje, trouxe a história da Maria Clara Ferreira Faria, de 21 anos e que mora em Santa Luzia/MG. Ela tem um perfil no Instagram se vocês quiserem acompanhar. Ela me contou um pouco sobre a história do seu cabelo e o processo de aceitação, espero muito que ajude e inspire vocês! Se quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e seguir o passo a passo. 

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Eu sempre tive o cabelo cacheado/crespo e desde pequena minha mãe prendia ele fazendo tranças. As vezes usava ele solto, mas eu não gostava muito porque tinha muito cabelo e ele ficava bem cheio depois de seco. Fui crescendo e quanto mais os anos se passavam, mais prendia o meu cabelo. As vezes chegava a machucar de tão apertado que ficava e nessa época meu cabelo ficou muito danificado. Eu não gostava dele e prendia mesmo sabendo que assim não iria ficar legal também, foi assim até os meus 15 anos. Eu não cheguei a fazer nenhuma química nessa época, várias pessoas falavam pra minha mãe fazer no meu cabelo, mas ela tinha insegurança a respeito disso. 

Até os meus 11 anos eu não me importava tanto, mas depois disso fui percebendo olhares, as pessoas falavam que meu cabelo preso era feio, eu via tudo isso a minha volta e ficava bem chateada, não compartilhava isso com ninguém, guardava tudo para mim. Foi bem difícil. Por muito tempo eu tive dificuldades em me olhar no espelho, era doloroso, não me sentia bem e nenhum pouco bonita. As vezes eu escova meu cabelo (quando ia viajar ou algo assim) mas eram poucos os lugares que escovavam meu cabelo e ele ficava bonito. 

Quando eu tinha 15/16 anos, conheci a Ana Carolina, namorada do meu irmão. Ela me incentivou a usar o meu cabelo cacheado, me deu dicas de cremes e até me levou no salão, onde decidimos fazer uma selagem para abaixar o volume dos cachos para eu começar a usar solto. Eu gostei muito do resultado, abaixou o volume e eu consegui deixar solto (mesmo com tanta insegurança). Depois disso comecei a acompanhar vários canais no YouTube, como o seu Ana Lídia, onde me identifiquei com o seu jeito e com seu carisma. 

Depois de um tempo a selagem foi saindo e hoje tenho meu cabelo do jeitinho natural dele, com o tempo fui conhecendo melhor, descobrindo produtos que davam certo, etc. Foi um período de me reconciliar com ele, depois de tê-lo maltratado tanto. Foi muito difícil o processo de aceitação, eu jamais imaginei que conseguiria amar o meu cabelo do jeitinho que ele é. Hoje eu tenho certeza que consigo! Sou imensamente feliz com o meu cabelo e muita coisa mudou, inclusive minha autoestima.