Oi, genteee! Trouxe mais um depoimento que me mandaram por e-mail sobre transição capilar. Dessa vez, a Gabriela da Silva de Lima, que também tem um blog. <3 Ela tem 21 anos e mora em Guarulhos, São Paulo. Espero que gostem de conhecê-la! E se você quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e ver como fazer. Quero muito conhecer a sua história!
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A minha história com meu cabelo vem a partir dos meus 12 para 13 anos, com esta idade eu via muito na televisão o tipo do meu cabelo como o Antes e o liso como o Depois e foi neste momento que eu queria o meu cabelo liso. Mas não começo assim, o comercial da televisão só foi o ponto final para eu querer ter um cabelo liso antes disso teve muito coisa, uma delas foi o fato da minha mãe ter alguns problemas de saúde , entre eles o AVC (Acidente Vascular Cerebral) por causa disso e coisas a mais me mudei para a casa da minha irmã mais velha , minha mãe acamada e sem mexer uma parte do corpo como o tempo por causa da sua diabetes teve que amputar as duas pernas. A minha Mãe sempre foi a única que cuidava do meu cabelo , não que minha irmã não cuida-se mas do jeito que minha mãe cuidava nunca mais ninguém cuidou .
Por ter tido minha Mãe cuidando do meu cabelo eu nunca me preocupei em aprender, e com o passar do tempo eu comecei a odiar o mesmo. Sempre com frizz e “armado” me fez deixa ele sempre molhado e cheio de creme, se mesmo assim ele desse algum sinal que ia armar eu o prendia bem esticadinho em um rabo de cavalo. Até que eu descobri a pranchinha, eu já tinha passado uma vez quando minha mãe estava boa, e foi o pior dia eu odiei o meu cabelo pois nem liso ele ficava baixo. Mas para a menina de 12 anos a pranchinha era a única solução para não ter mais o cabelo frizzado e sem volumoso, aprendi a passar sozinha em mim pois nenhuma cabeleireira conseguia deixar meu cabelo baixo só com a escova e a pranchinha. Passava sempre que via um pouco de volume, isso quer disser que eu passava quase todos os dias. Um episodio que vem a minha cabeça é de quando eu passava o ferro de passar roupa no cabelo, Sim! era o ferro de passar roupa, passava todos os dias antes de ir para a escola na franja para deixar ela super lisa, uma grande maluquice isso foi quando a pranchinha que tinha queimou e a única solução era esta , tinha dias que eu molhava o cabelo na parte de trás e enchia de creme e a frente onde estava a franja passava o ferro (imagine a cena).
Bom com meus 14 anos eu fiz minha primeira progressiva lembro como se fosse ontem, estava ansiosa para “domar” meu volume e ter o liso que eu tanto sonhava por ser mais fácil de cuidar, bobinha, na primeira vez descobri que para ter o meu liso “perfeito” teria que sofrer um pouco , a raiz ardia, os olhos lacrimejavam, mas nada me fez desistir de ter o Cabelo Perfeito, por anos foi este processo de 3 em 3 mês passando o produto , o que me deixava com muita raiva era quando eu tomava banho onde minha raiz estava lisa e as pontas onduladas, algumas até cacheadas, eu queria que tudo ficasse liso em seu devido lugar.
Com meus 19 anos me vi em situações novas, sai do meu emprego fui fazer estágio na cidade onde eu nasci (Santos-sp) e fui tentar arrumar emprego pois queria morar lá, minha mãe já tinha falecido a quase 1 ano, então fui tentar coisas novas foi aonde me dei mau, não consegui emprego, teve brigas em familia, um namoro que começo e acabou cedo, tudo me levou a voltar para minha irmã (meu porto seguro) por esta voltando eu me olhei no espelho e vi a raiz meio grande e já veio na cabeça ” Tenho que passar pelo sofrimento novamente”, mas algo estava mudado em mim eu me olhei e decidi parar de fazer algo que não me agradava e foi quando percebi que eu alisava o cabelo não só para tirar o volume, mas sim para agradar as outras pessoas minha vida sempre foi para ser aceita na sociedade e meu cabelo não foi diferente e quando decidi mudar isso me veio uma paz. Em 07 de maio de 2017 eu resolvi não passar mais progressiva ou qualquer tipo de química melhor dizendo resolvi passa pela transição. Foi meses difíceis onde tive que aprender a me virar com duas texturas, eu não me lembrava mais como era o meu cabelo e vinha a ansiedade de saber como ele é de verdade.
No dia 23 de Dezembro de 2017 eu resolvi fazer o meu BC, tinha pensado em fazer quando completasse Um Ano de transição, mas o fato de esta ansiosa e o pensamento de começar 2018 com viva nova, pensamentos novos e cabelo novo me fez fazer o Big Chop . Passar pela transição e pelo BC foi uma das decisões mais importante da minha vida.
Esta com o meu cabelo natural não tem preço, o fato de ir a praia sem pensa que vai estragar a química ou o simples fato de tomar um banho de chuva não tem preço. Hoje eu agradeço a Deus por te me feito deste jeitinho, não tenho mais medo das pessoas me olhando na rua por causa do cabelo, e nem penso se estou ou não agradando alguém, a única pessoal que eu tenho que agradar hoje sou eu e Deus em primeiro lugar.
Oi, genteee! Quando estamos em transição ouvimos muitas coisas das pessoas, mas já parou para pensar que podem não ser verdade? Por isso, resolvi trazer […]