Oi genteee! Hoje vamos conhecer a história da Luana Cruz, que mora em Jacareí, São Paulo, e tem 18 anos. Ela mandou deu depoimento por e-mail e vim compartilhar com vocês! E se você quiser mandar seu depoimento pra mim também, é só acessar essa página e ver como fazer. Quero muito conhecer a sua história!
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Lembro-me que quando era bem pequenininha minha mãe fazia cachinhos no meu cabelo, o que hoje chamamos de dedoliss e eu amava, mas com o passar do tempo fui crescendo e ela parou de fazer e por volta dos meus 10 anos, começou a minha paranóia e a minha insegurança. Eu me via todos os dias na escola rodeada de meninas de cabelos lisos ou alisados e me sentia mal comigo mesma.
Com toda essa rejeição ao meu cabelo comprei uma chapinha e comecei a usá-la com bastante frequência. Quantas vezes eu me pegava a noite em casa fazendo chapinha para ir a escola no dia seguinte, passando calor, queimando os dedos para poder me sentir melhor e mais aceita. Sempre que tinha uma ocasião especial lá estava eu com o cabelo liso e quando não tinha tempo ou ânimo, sempre usava o cabelo preso, o que fazia eu me sentir muito feia. E nessa época pensei várias vezes em alisar o cabelo com química, mas não tinha condições financeiras para isso e por isso nunca fui adiante, hoje eu agradeço por isso.
No final de 2013, mais precisamente na virada do ano, decidi que ia assumir meu cabelo e como ele estava muito danificado, comecei a hidratar com frequência, fazer twist e usar gel para tentar definir. Em 2014 a definição começou a aparecer, mas ainda tinha minhas inseguranças e ainda não estava satisfeita, e foi nesse ano que eu ouvi de um colega de sala que meu cabelo era ruim e duro, me vi sem chão e sem reação, fui defendida por um outro colega ao qual sou grata, mas me senti muito mal e chorei muito ao chegar em casa. Passei dias pensando naquelas palavras e chorando escondido.
Depois de muito pensar resolvi continuar, comecei a aprender a cuidar do meu cabelo vendo vídeos no youtube e conforme o tempo ia se passando, meu cabelo foi ficando cada dia mais bonito, consequentemente comecei a ouvir elogios e pedidos de ajuda, o que me deixou muito feliz e em 2015, com meu cabelo recuperado resolvi criar um blog para ajudar outros, que assim como eu não tinham muita informação. E nesse tempo, consegui ajudar minha mãe que passou pela transição. E hoje, posso dizer que me amo e que estou feliz com a pessoa que me tornei.
O que é autoestima pra você?: É se amar do jeito que você é, se aceitar, encontrar sua própria essência e ser feliz com ela. É se olhar no espelho e gostar do que vê, se sentir bem por dentro e por fora.
O que mudou na sua vida depois que você se aceitou?: Hoje sou uma pessoa feliz comigo mesma, com autoestima e mais forte. Me tornei uma mulher mais corajosa e que procura sempre apoiar e ajudar outras pessoas que estão passando por esse processo de aceitação.
Oi, genteee! Quando estamos em transição ouvimos muitas coisas das pessoas, mas já parou para pensar que podem não ser verdade? Por isso, resolvi trazer […]